TURISMO – Mostrar o Paraná como uma grande potência turística é um dos objetivos da missão técnica-comercial Paraná BX à Dubai. Foi, inclusive, um dos focos de um protocolo de intenções assinado nesta terça-feira com a Cdial para certificação de serviços para muçulmanos em hotéis de Foz do Iguaçu.
Outro projeto que visa expandir o número de visitantes no Estado é o turismo esportivo. “É preciso mostrar ao mundo que o turismo brasileiro é muito maior do que a Amazônia e o Rio de Janeiro. Costumo dizer que no Brasil a nossa grama é a mais verde, não a do vizinho”, disse o medalhista olímpico paranaense Giba, diretor executivo da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) na África e embaixador do esporte no Paraná.
Uma das iniciativas para promover o turismo esportivo é a realização do Mundial de Voleibol Escolar em Foz do Iguaçu, já no ano que vem. “Será a primeira vez que este campeonato acontece fora da Europa. Será uma grande oportunidade para promover o turismo, o esporte e toda a riqueza do Paraná”, explicou.
O ex-atleta também foi convidado pelo Sports Council de Dubai a liderar um programa de intercâmbio de alunos para promover o esporte e a saúde. “O incentivo e o respeito começam com as crianças, então por que não trazer as nossas crianças para Dubai e levar as crianças daqui para mostrar tudo o que temos a oferecer?”, acrescentou.
TI – O segundo painel teve apresentação de empresas e iniciativas do setor de tecnologia da informação e comunicação. CEO da startup Citymatch, Leon Le Senechal, disse que o Estado tem investido em inovação como um vetor de desenvolvimento e de aceleração das empresas. “O Paraná é referência nacional e usa essa vocação como impulso para o aumento de sua capacidade produtiva em todos os segmentos. Temos hoje 20 mil empresas de tecnologia que faturaram juntas cerca de US$ 4 bilhões, o melhor desempenho do País”, afirmou.
Atualmente, são 1.434 startups em atividade, mais de 10% do ecossistema nacional. Entre elas, a Laura, o primeiro robô cognitivo, de mesmo nome, gerenciador de riscos do mundo. “Durante a pandemia, ficou muito claro o quão importante foi a inovação para ajudar os sistemas de saúde, uma das áreas menos digitalizadas. Mais de US$ 1 trilhão são desperdiçados anualmente com ineficiências dos sistemas de saúde”, explicou o CEO da startup, Cristian Rocha.
Além disso, segundo estimativa da Fundação Bill e Melinda Gates, mais de 8 milhões de mortes poderiam ser evitadas por ano se os sistemas de saúde fossem mais assertivos. A Laura é reconhecida como uma das melhores health techs do Brasil. A implantação de sua tecnologia em hospitais já reduziu a mortalidade em 25% em seis meses, uma média de 18 vidas por dia, segundo a empresa.
Os parques tecnológicos também estiveram no centro do debate. E eles está o Cilla Tech Park, de Guarapuava, que abriga o Vale do Genoma, e o Biopark, de Toledo.
O Cilla e o Vale do Genoma ficam dentro da Cidade dos Lagos, smart city com 4 milhões de metros quadrados que abrigará, em breve, um dos mais modernos hospitais do País para o tratamento do câncer, sendo construído com apoio do Governo do Estado.
As pesquisas realizadas nesse espaço serão usadas no diagnóstico e no tratamento dos pacientes do hospital, mas também para o desenvolvimento de diversos outros estudos e projetos nas áreas de saúde, alimentação e sustentabilidade.
“Entendemos que as universidades já cumprem o seu papel na pesquisa acadêmica, mas estamos fazendo um ecossistema novo, fortalecendo e incentivando a pesquisa aplicada para as necessidades das empresas e dos empreendedores. São pesquisas que vão efetivamente mudar e melhorar a vida das pessoas”, explicou Cesar Silvestre Filho, diretor do Cilla Tech Park.
A saúde também é um dos motores do Biopark. O parque será o primeiro do Brasil a criar um câmpus de startups, com quatro edifícios que deverão abrigar mais de 1.000 empresas da área de tecnologia. Hoje já são mais de 100 empresas e startups instaladas, sendo 19 internacionais, além de um polo educacional com quatro universidades.
Por: AEN