Partindo da reflexão do versículo bíblico, extraído de Mateus 14, 16: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer!’, a Campanha da Fraternidade 2023, ‘Fraternidade e Fome’, busca fomentar ações, em todos os níveis, para minimizar os impactos desta realidade na vida do povo brasileiro. , com a participação do bispo Dom Sergio Arthur Braschi, padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora; Márcia Simões, coordenadora diocesana da Campanha da Fraternidade, e da secretária municipal da Família e Desenvolvimento Social, Tatyane Denise Belo, que representou a prefeita Elizabeth Schmidt, além de padres, diáconos e representantes da Caritas Diocesana e Pastorais Sociais de diversas paróquias.

De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, no Brasil mais de 33 milhões de pessoas estão em situação de fome. Depois de dez anos, o país voltou a aparecer no Mapa da Fome das Organizações das Nações Unidas (ONU). A emergência sobre o assunto fez com que, pela terceira vez, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assumisse a realização de uma Campanha da Fraternidade que trouxesse luz ao tema. Um dos objetivos da Campanha é propor aos fieis um caminho de conversão para não ceder à cultura da indiferença frente ao sofrimento humano conforme pede o Papa Francisco.

Durante a cerimônia de abertura, Dom Sergio ressaltou que a Campanha da Fraternidade toma a palavra de Deus como luz para iluminar a questão da insegurança alimentar e da fome, que aumentou em diversos locais do mundo e também no Brasil. É preciso compreender melhor a situação brasileira e o que levou o país a voltar ao Mapa da Fome, orientou o bispo. “É preciso mudar de atitude. O tempo de Quaresma é tempo de conversão, de nós refletirmos como estamos vivendo e, diante da atitude de Jesus, mostrado no trecho bíblico tema da Campanha da Fraternidade, me pergunto se nós estamos tocados pela indiferença. A globalização da indiferença que cresceu muito com o isolamento da pandemia. Passamos ao largo de situações de carência e de fome, não nos aproximamos e tomamos atitudes de Deus, que é a proximidade na ternura e na misericórdia. Essa Campanha da Fraternidade nos convida a olhar, antes de tudo, para a atitude de Jesus: como ele agiu? Também nós devemos aprender a superar essa atitude de indiferença diante da situação grave por que passam tantas famílias e dar respostas concretas. Não é possível um cristão ir dormir tranquilamente sabendo que tantos vivem essa realidade de fome”, alertou o bispo.